Prefeito que perdeu eleição volta atrás e cancela demissão de quase 2 mil servidores

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), anulou as demissões de quase 2 mil servidores públicos. A lista com 1.962 comissionados e servidores em funções de confiança exonerados foi publicada em 82 páginas do Diário Oficial do Município, na manhã de terça-feira (8). Já a revogação foi publicada em um suplemento no periódico no fim da tarde.

Cruz decidiu fazer as exonerações em massa após perder a eleição no último domingo (6). Com 21.616 votos, equivalente a 3,14% dos votos válidos, ele ficou em penúltimo lugar na disputa municipal. 

Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia alegou que as demissões eram “parte de uma reorganização da máquina pública nos últimos meses da atual gestão”. Disse ainda que a medida foi tomada também para garantir o cumprimento das metas fiscais e manter a saúde financeira até o fim do ano.

Em nova nota, emitida após a revogação das demissões, a prefeitura da capital goiana afirmou que a “administração segue comprometida com o equilíbrio fiscal e a saúde financeira do município, mantendo sua atenção às metas estabelecidas para o final da gestão”. 

A exoneração de quase 2 mil servidores, além de grande repercussão negativa, provocou uma forte pressão por parte dos vereadores de Goiânia, muitos deles responsáveis pelas indicações dos trabalhadores que perderam o emprego. Houve até ameaça de impeachment do prefeito, que correria o risco de ficar inelegível por oito anos.

Também houve a alegação de que muitos serviços públicos ficaria comprometidos e poderiam ser até totalmente suspensos por falta de mão-de-obra.

Candidatos de Caiado e Bolsonaro se enfrentam no 2º turno em Goiânia

Na disputa pela Prefeitura de Goiânia, Frederico Gustavo Rodrigues da Cunha, conhecido como Fred Rodrigues (PL), foi o mais votado no primeiro turno, com 31,14 % dos votos válidos. Já Sandro Mabel (União Brasil), ficou em segundo na votação – teve 27,66 %. Os dois disputam o segundo turno.

Fred subiu nas pesquisas de intenção de votos nas duas últimas semanas da campanha do primeiro turno por causa da participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seus atos e em sua propaganda. Já Mabel sempre contou com o empenho do governador Ronaldo Caiado, seu colega de partido.

A deputada federal Adriana Accorsi (PT), que vinha em segundo nas pesquisas, terminou como terceira colocada e ficou de fora da disputa – obteve 24,44% dos votos válidos.

Fonte: O Tempo