Lula confirma Macaé Evaristo como nova ministra dos Direitos Humanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a deputada estadual de Minas Gerais Macaé Evaristo (PT) como a nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela irá substituir Silvio Almeida, demitido na última sexta-feira (6) após denúncias de assédio sexual.

O anúncio foi feito em publicação no Instagram do presidente, nesta segunda-feira (9). “Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, publicou.

Durante a manhã, o presidente e a deputada conversaram por telefone. Em seguida, Macaé saiu de Minas com destino a Brasília (DF) para conversar pessoalmente com o petista.

Formada em Serviço Social, Macaé Evaristo já foi vereadora e cumpre hoje, aos 59 anos de idade, o primeiro mandato como deputada estadual. Ela esteve no governo de transição para a gestão Lula como integrante do grupo de trabalho da Educação e foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação entre 2013 e 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT).

Mineira de São Gonçalo do Pará, Macaé foi a primeira mulher negra a comandar a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, entre 2005 e 2012, e a Estadual, entre 2015 e 2018. Este último cargo foi no governo Fernando Pimentel (PT).

A deputada tem proximidade com a secretária nacional de Finanças e Planejamento do partido, Gleide Andrade, que, por sua vez, é uma das pessoas mais próximas à presidente nacional da sigla, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). 

A troca no Ministério dos Direitos Humanos foi motivada por denúncias contra Silvio Almeida, reveladas na última quinta-feira (5) pelo portal Metrópoles e confirmadas pela organização Me Too Brasil, que compilou os registros. Uma das vítimas, de acordo com o portal, foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida nega as denúncias e se diz inocente. 

Fonte: O Tempo