Governo de Minas ainda não sabe quando pagará aumento retroativo aos servidores

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) ainda não sabe como fará para pagar o aumento retroativo do salário aos servidores públicos estaduais. O Projeto de Lei que concedeu reajuste de 4,62% a todo o funcionalismo de Minas Gerais foi aprovado no plenário da Assembleia Legislativa (ALMG) no dia 6 de junho, mas ainda não foi sancionado. Pela lei, o governador Romeu Zema (Novo) tem até a próxima quinta-feira (27) para tornar o projeto, lei.

Durante audiência na ALMG nesta segunda-feira (24), a secretária de Planejamento e Gestão, Camila Neves, disse que, a partir do 5º dia útil de julho, os servidores já receberão o salário reajustado pelo índice aprovado na legislação, ou seja, 4,62%. No entanto, ela diz que a pasta ainda avalia como fará para pagar o aumento retroativo aos servidores, ou seja, o equivalente de janeiro a junho.

“O Governo de Minas está dentro do prazo de sanção. A própria lei aprovada prevê retroativo de janeiro até o dia da promulgação da lei e o Estado não tem nenhuma intenção de não cumprir a lei. Estamos fazendo estudos internos para ver como se dará”, afirmou a secretária.

A declaração de Camila Neves sobre o pagamento retroativo aos servidores se deu em sessão do Assembleia Fiscaliza que, desde o fim da semana passada, recebe secretários de Estado para prestação de contas sobre as ações do Executivo.

Na manhã desta segunda-feira (24), o secretário de Governo, Gustavo Valadares, reconheceu que o salário pago aos servidores não é o “adequado”.

Todos nós do governo temos plena consciência da importância do servidor público para o bom andamento do estado. Todos nós temos a consciência que eles merecem receber mais do que recebem. O salário do servidor, em qualquer área, não orgulha o Executivo. Nós sabemos que ela não é adequada. Agora, é a remuneração possível de ser dada para que possamos manter as obrigações em dia, com salário em dia, 13º sendo pago, para as obrigações com as prefeituras sendo pagas em dia, para que investimentos em saúde e educação não parem de acontecer”, afirmou.

Fonte: Rádio Itatiaia