“Pagando de louco”: Perícia da PCMG conclui, que assassino do sargento Dias da PMMG não tem distúrbios mentais, e tem plena consciência dos atos praticados
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil (PCMG) concluiu o exame de insanidade mental de Welbert de Souza Fagundes, 27 anos, assassino do sargento Roger Dias da Cunha. O relatório apontou que Welbert tinha preservação das capacidades de entendimento e determinação em relação, ou seja, pleno conhecimento dos atos.
O laudo a que a reportagem teve acesso ainda aponta que, no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (região Central do estado), Welbert teria agido de maneira manipuladora para tentar emular um sofrimento mental.
Em novembro de 2024, ele alegou uma suposta crise mental durante um atendimento médico no hospital psiquiátrico. Depois disso, danificou o consultório e jogou um computador contra a parede.
“Após cuidadoso estudo dos autos, dos documentos médicos, do prontuário da internação no Hospital Jorge Vaz, de dois exames periciais e entrevista familiar complementar, os peritos concluiram que havia preservação das CAPACIDADES DE ENTENDIMENTO E DETERMINAÇÃO, em relação aos fatos e em conexão com eles”, afirma o documento.
A perícia recomenda que ele tenha acesso a tratamento psiquiátrico e psicológico na unidade prisional, mas ressalta “que não houve configuração de doença mental superveniente que incapacite o periciado de entender e responder ao processo criminal em curso.”
Com a conclusão da PC, ele pode ser julgado como qualquer pessoa e, provavelmente, vai encarar o júri popular. A data ainda não foi marcada.
Ameaça pelo PCC
Ontem, a reportagem ouviu a defesa dele. Welbert alegou à Justiça que está sendo ameaçado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da penitenciária de Francisco Sá, Norte de Minas, onde está preso.
Sargento baleado
O sargento Dias, da Polícia Militar, morreu baleado durante uma operação no dia 5 de janeiro de 2024. O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia. Welbert de Souza Fagundes foi o responsável por disparar à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar no bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte.
O militar passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII — uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do dia 7 de janeiro.
- Com informações da rádio Itatiaia