Convite enviado a Bolsonaro questionado por Moraes, foi enviado via e-mail e esta anexado no site oficial da posse de Donald Trump
Questionado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o e-mail com o convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, tem domínio ligado ao site oficial da organização do evento, marcado para o próximo dia 20. Neste sábado (11), o ministro mandou a defesa do brasileiro comprovar a origem do convite.
Ao pedir autorização para viajar ao evento, a defesa de Bolsonaro anexou duas cópias do e-mail, uma com mensagem em inglês e outra em português. Trata-se de um e-mail enviado pelo @t47inaugural.com, mantido pela organização da posse de Trump e do vice eleito, JD Vance.
As mensagens foram enviadas ao e-mail pessoal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente brasileiro, às 0h46 da última quinta-feira (9).
“Em nome do presidente eleito Trump, gostaríamos de convidar o presidente Bolsonaro e um convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito Trump e do vice-presidente eleito Vance na segunda-feira, 20 de janeiro, em Washington, DC. Além disso, gostaríamos de estender um convite ao presidente Bolsonaro e um convidado para comparecer ao Starlight Inaugural Ball na noite de 20 de janeiro”, dizem as mensagens.
No site, é possível ver a agenda prevista de eventos da posse, solicitar convites e se voluntariar para a organização do evento.

Ao acionar o STF, a defesa de Bolsonaro também anexou o convite para um segundo evento, o Baile Oficial de Posse Hispânico. A cerimônia, marcada para 18 de janeiro, é mais intimista e deve reunir figuras políticas como os senadores Ted Cruz e Marco Rubio.
Bolsonaro quer a devolução do passaporte (retido pela Polícia Federal desde fevereiro de 2024) e a autorização para fazer uma viagem de cinco dias para participar dos eventos em Washington.
Na decisão deste sábado (11), Moraes destacou a necessidade de “complementação” do pedido. Ele solicitou ainda que, com o convite apresentado formalmente, a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifeste sobre o assunto.
Fonte: Itatiaia