Padrasto é preso por estuprar enteada de 16 anos; mãe sabia do abuso e ameaçou a filha

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A mãe e o padrasto de uma adolescente de 16 anos foram presos pelo crime de estupro de vulnerável no município de Piranhas, no interior de Alagoas. Em seu depoimento, a vítima disse a polícia que os abusos começaram em 2021, quando a menina tinha 13 anos, e que só conseguiu denunciar o crime apenas agora, aos 16, já que conseguiu sair da casa da mãe.

O casal foi preso na última sexta-feira (26), mas a Polícia Civil (PC) divulgou o caso apenas nessa terça-feira (30). O padrasto da vítima tem 43 anos e a mãe 49 anos. Vale destacar, que o crime de estupro de vulnerável se aplica a situações em que a vítima é uma criança ou adolescente com menos de 14 anos, ou sem discernimento no momento do ato — quando não consegue se defender.

Conforme o delegado Daniel Mayer, a mãe da vítima sabia dos abusos, mas não denunciou o companheiro e ainda passou a ameaçar a própria filha para que a menina não procurasse a polícia.“Essa adolescente foi estuprada desde os 13 anos de idade.

Hoje, com 16 [anos], ao conseguir sair de casa, foi então que ela conseguiu procurar a Polícia Civil, relatar, e ,a partir de então, toda a equipe da Delegacia de Piranhas conseguiu cair em campo e levantar elementos fortíssimos. Entre eles, áudios contundentes que identificam ameaças diretas proferidas pela mãe contra a vítima”, disse o delegado ai G1.

Agora os dois foram presos em cumprimento a mandados de prisão. Três a cada quatro vítimas de estupro no Brasil em 2023 têm menos de 14 anos, segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o levantamento, foram 83.998 vítimas de estupro em todo o país no ano passado. Desse montante, 76% tinham menos de 14 anos da data do crime, o que faz com que ele seja considerado estupro de vulnerável.

Veja como denunciar casos de abuso sexual:

  • Polícia Militar — 190: quando a criança está correndo risco imediato
  • Samu — 192: para pedidos de atendimento médico urgentes
  • Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres, ou qualquer delegacia de polícia
  • Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
  • WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008
  • Fonte: Itatiaia