Homem é indiciado pela prática de abuso sexual contra a sogra, a esposa e os 7 filhos em MG

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Um homem de 54 anos foi indiciado pela Polícia Civil por uma série de crimes cometidos contra a própria família ao longo de mais de duas décadas, na zona rural de Novo Oriente de Minas, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Conforme as investigações, ele mantinha a esposa em cárcere privado e a forçou a realizar três abortos. Além disso, ele teria abusado dos sete filhos, com idades entre 3 e 22 anos, e da sogra.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Regional de Teófilo Otoni, começaram após a denúncia de uma das filhas do acusado. Segundo a delegada Hérika Ribeiro Sena, o homem foi indiciado por cárcere privado, estupro de vulnerável, violência psicológica, aborto e ocultação de cadáver.

A delegada detalhou que o suspeito manteve a esposa em isolamento durante quase todo o período em que viveram juntos. “A vítima só saía de casa para receber benefícios e, muitas vezes, era acompanhada por ele. Ela era desconhecida pelos vizinhos e até mesmo por parentes”, explicou.

Além disso, a mulher sofreu três abortos após ser forçada a ingerir medicamentos. Um dos fetos já estava com oito meses de gestação. “Ela ficou gravemente doente, mas ele impediu que tivesse acesso a atendimento médico”, relatou a delegada. Um dos fetos foi enterrado no quintal da residência. Uma roupinha de bebê foi encontrada no local.

As filhas do casal também relataram abusos sexuais. Segundo a delegada, o suspeito chegou a fazer buracos nas paredes da casa para observar as meninas. Ele também teria violentado sexualmente a sogra, que, sem assistência médica, faleceu após adoecer gravemente.

Prisão e proteção às vítimas

O suspeito nega todas as acusações, mas está preso preventivamente. A esposa e os filhos menores de idade estão atualmente sob proteção em outro estado. “É muito importante o que essa filha fez, ao trazer à tona esses crimes para que as providências fossem tomadas”, concluiu a delegada Hérika Sena.

As investigações continuam, e o caso segue sob acompanhamento das autoridades.

Fonte: O Tempo