Ex-subsecretário do Governo de Minas é alvo de operação contra grupo de extermínio de autoridades

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O ex-subsecretário de Integração de Segurança Pública do Governo de Minas Gerais e coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, é um dos alvos da investigação sobre uma suposta organização especializada em espionagem contra autoridades e assassinatos sob encomenda. Na 7ª fase da Operação Sisamnes, desencadeada nessa quarta-feira (28 de maio), agentes foram atrás dos possíveis mandantes do assassinato de Roberto Zampieri. Vargas já havia sido preso em 2024 por suspeita de envolvimento no caso.

A investigação entorno do assassinato do advogado, executado com 10 tiros em frente ao escritório em Cuiabá (MT) em 2023, levou os policiais a um grupo acusado de negociar compra e venda de sentenças judiciais em diferentes tribunais. Investigadores também descobriram que os possíveis assassinos faziam espionagem e atuavam como grupo de extermínio, com pistoleiros profissionais.

O grupo criminoso se autodenominava Comando C4, ou Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos, ainda segundo investigação da PF. O nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD) está na lista de alvos do grupo que foi descoberto pela operação.

Etevaldo Caçadini de Vargas seria financiador do assassinato de Zampieri. Ele teria pago um sinal de R$ 20 mil pelo crime. Em depoimento, o militar reformado disse que o pistoleiro foi apresentado a ele como pedreiro e negou envolvimento na execução.

Vargas foi nomeado, em janeiro de 2019, para chefiar a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do governo de Minas Gerais, mas foi exonerado em setembro do mesmo ano a pedido próprio. Em 2022, ele recebeu o título de Cidadania Honorária pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A reportagem procurou o Governo de Minas para comentar a investigação sobre o ex-subsecretário, assim como a defesa do coronel. Tão logo haja um retorno, esta reportagem será atualizada. O espaço segue aberto.

Fonte: O Tempo