Suspeito de matar Yara Karolaine em Água Boa, é transferido para o Presídio José Martinho Drummond em Ribeirão das Neves

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O motorista da Prefeitura de Água Boa região do Rio Doce Mineiro, suspeito de matar a menina Yara Karolaine de 10 anos, foi transferido do presídio de Guanhães para o presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele chegou à cadeia da Grande Belo Horizonte na última sexta-feira (14 de março).

A reportagem procurou a Polícia Civil sobre o motivo da transferência, mas não teve resposta. O caso, que estava sob a investigação da equipe Guanhães, voltou para a delegacia de Água Boa, uma vez que há indícios que o homicídio ocorreu naquela cidade. Inicialmente, a investigação ficou em Guanhães porque o corpo foi encontrado em São Pedro do Suaçuí. A Polícia Civil informou apenas que a investigação segue em andamento e que aguarda a finalização dos laudos e realização de algumas diligências para a conclusão do caso.

A mãe da menina, Maria Geralda, soube da transferência do suspeito pela reportagem. Ela pediu por justiça e deseja que o homem “pague pelo o que ele fez”. “Que ele pague o que fez com minha pequena, hoje tem 15 dias que minha pequena se foi, mas Deus é justo, ele vai pagar por tudo o que fez”, disse. 

Durante depoimento à Polícia Civil, logo após ser preso, o suspeito de 56 anos alegou que teria sido tomado pelo “capetão” ao cometer o crime. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra parte do depoimento do suspeito. Na gravação, que tem pouco mais de oito minutos, o homem afirma que havia levado a menina até a casa dele para comerem uma pizza. “Estava passando pela rua e a encontrei. Combinei de pagar uma pizza, e ela entrou no carro”, disse. O veículo citado pelo suspeito é um Sandero que pertence à Prefeitura de Água Boa, local onde ele trabalha. O funcionário público destacou que “a menina não entrou forçada no veículo. Ela entrou normal”.

O suspeito ressaltou que, quando chegou em casa com a menina, ainda não havia comprado a pizza, pois não sabia se ela iria aceitar o convite dele. “Ela entrou normal na minha casa e não teve relação sexual. Ia dar R$ 50 depois pra ela”, relatou. No depoimento, porém, ele não diz que a menina sabia de sua intenção de dar a ela o valor. Conforme dito pelo homem, após chegar, ele não pediu a pizza, e a menina se recusou a ter relação sexual com ele. “Tentei convencê-la [a ter relação, mas ela também não aceitou]. Pensei: nossa, e agora? Ela vai falar [para a família] que eu queria ficar com ela. O ‘capetão’ subiu e eu peguei e apertei a guela dela”, detalhou. Ele revelou ainda que a menina o conhecia já que ele havia se relacionado com a mãe dela em duas ocasiões.

Fonte: O Tempo